sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Quem são os marginais?

Eu sei que se que isto é um lugar comum e que muitas vezes as pessoas já se perguntaram a cerca disto: Em que local estamos a criar os nossos filhos? Que mundo é este? Em quem podem confiar as gerações mais novas, se aqueles que deviam ser o exemplo de lisura e de espírito comunitário são os primeiros a comprar e a vender “almas”. Como podemos nós educar os nossos filhos? E explicar-lhes como funcionam as instituições do nosso pais, se com a capa do direito prescrevem crimes, se os políticos eleitos por exercício democrático, cospem no espírito de cidadania e na confiança que o povo depositou neles.
Pessoalmente, já ultrapassei o sentimento de indignação, neste momento tenho medo, medo de não saber explicar aos meus filhos, com exemplos concretos, que a legalidade do direito é baseada na moral de um povo. Que o estado é uma pessoa de bem. Que aqueles que nos dirigem são os que se destacam pelo seu espírito de dedicação e de trabalho. Explicar-lhes que vale a pena ser justo, porque há sempre quem saiba o que é a justiça, que vale a pena não mentir, porque a verdade é um valor a enaltecer e não um erro pelo qual se paga bem caro. Explicar-lhes que a consciência não deve ser elástica, de modo a satisfazer os nossos desejos pessoais.
Mas para além do problema que tenho em me fazer ouvir, ainda terei outro problema se eles me ouvirem… O mais provável é estar a fazer deles uns inadaptados, porque não se servirão da primeira oportunidade para enganar ou passar por cima do outro, porque terão vergonha de usar cábulas na escola e mais tarde vergonha de usar dinheiro que não seja ganho com o esforço do trabalho deles. Serão considerados uns lorpas ou pior uns incapazes. Estarei a lutar arduamente para criar marginais?

8 comentários:

  1. Acordo de um sonho, hoje por todo o lado não se falava de outra coisa o “POLVO” não era a série Italiana, mas sim o nosso Governo.
    Pergunto eu como podemos estar adormecidos tanto tempo?
    Recordo as greves, manifestações enormes por todo o País, algumas com recordes sucessivos...e o Governo sempre aparecia a dizer que tudo não passava de um campanha, depois as injecções de capital em bancos? Políticos que até então eram considerados “Barões” desapareceram devido aos sucessivos casos de falcatruas...Agora foi colocada a cereja em cima do bolo....1ºMinistro...Pergunto onde vamos parar...

    Bjssss

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  2. Olá, Isabel!

    Eu acho que mais vale ser um marginal desses, dos que escolhem o seu lugar do lado de fora (como o diz Jorge Palma numa das minhas canções preferidas), do que ser um marginal dos outros, dos que são capazes de calcar o vizinho do lado para subirem mais uns centímetros. Claro que a ignorância e a estupidez são a chave da felicidade, mas eu, como tu, não acredito na felicidade a qualquer preço. Se os teus filhos crescerem como tu descrevers, serão seguramente boas pessoas e, se calhar, há muitas mais pessoas a educar os seus próprios filhos como tu tentas e o mundo há-de um dia vir a ser melhor. Beijinho!

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  3. Terá pelo menos que prescindir do elogio à classe dirigente. O exemplo deles não é realmente educativo.

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  4. Uma reflexão profunda...demais para a sociedade em que vivemos. Já fiz muitas vezes essa pergunta. Será que existe resposta? Qual é a fronteira entre o certo e o errado, o bem e o mal? Parece haver desculpa para tudo...
    Bjs

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  5. VALE SEMPRE A PENA EDUCÁ-LOS COM VALORES.
    UM BEIJINHO DA TUA MUMMY.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Respondendo à pergunta. NÃO!
    Educar assim os filhos não é criar marginais ou inadaptados. É, antes, criar uma nova geração de "guerreiros" por uma sociedade melhor. Se não formos nós, os pais, a fazê-lo quem o fará?
    Força!
    Eduquei assim os meus e não estou arrependido.
    Bjs

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  8. "A melhor maneira de melhorar o padrão de vida está em melhorar o padrão de pensamento."
    ( U. S. Andersen )
    Este é o meu lema na educação dos meus filhos.
    Obrigada pela participação de todos

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